BLOG DOS POETAS ALMADENSES

«A poesia é o espelho da cultura de cada país e nela se reflectem os estados de alma, anseios e aspirações... tudo o que diz respeito ao mais íntimo das pessoas, dos povos e da humanidade... que seja dita e cantada, que sirva para conectar para além do espaço das ideologias e dos sistemas, porque A POESIA É, FUNDAMENTALMENTE, UM ESPAÇO DE LIBERDADE.»

domingo, janeiro 28, 2007

Poesia Vadia: a 1.ª de 2007

A sessão de “Poesia Vadia” de sábado passado foi a primeira de 2007 e uma das melhores de sempre. Aliás, nestas tertúlias poéticas cada uma é melhor do que a anterior, sobretudo as desta segunda série. Alguém até dizia que, qual fénix renascida (numa alusão ao esmorecimento que vinha ocorrendo nas últimas apresentações no “Café com Letras” – antecessor do actual café “Sabor & Art”) a “Poesia Vadia” estava, agora, no seu apogeu.


A partir das 17h a casa ficou cheia. A maioria eram os clientes habituais (há quem não perca uma sessão) mas havia, também, muitas caras novas. A poesia estava em todo o lado. Em cima das mesas os livros eram a personagem principal mas o frio e o facto de ser horas do lanche fazia com que se desejasse, também, aquecer a alma com outros alimentos (ai, ai, aquelas farófias estavam, simplesmente... divinas. E a responsável é a senhora atrás do balcão, a mãe do Manuel, o gerente da casa – neste dia a família juntou-se, incansável, no esforço para que tudo corresse bem e, por isso, o pai e os irmãos também lá estavam).


Tivemos a honra de ter presente um dos mais notáveis poetas almadenses: o professor Alexandre Castanheira, que deu início à sessão. A seguir, António Boieiro deliciou os presentes com a leitura, abreviada, do manifesto Anti-Dantas (de Almada Negreiros) e era ouvir um coro de vozes animadas a cada “Morra o Dantas, morra PIM!”... um espectáculo.


Mas o dia teve outra novidade. A transmissão em directo para o Brasil: a “ponte poética” que estamos a construir, graças à Internet, tornou-se uma realidade. Esta foi, portanto, uma sessão intercontinental. Com leitura de poemas a pedido, para deleite da Lane (a esposa do gerente do café “Sabor & Art” que se encontra no outro lado do Atlântico e aproveitou, assim, para partilhar alguns momentos com os amigos de Cacilhas e vice-versa).



Nesta tarde, que começou ainda era dia e terminou noite dentro, com a poesia em roda livre, temos a destacar, ainda, a presença de Nelson Rossano (prémio revelação 2006 de poesia no concurso literário Manuel Barbosa du Bocage) e de Rogério Simões (autor do blog “Poemas de Amor e Dor” que se mantém há vários anos no top dos mais visitados do Sapo) e que nos emocionou a todos com a leitura dos seus poemas.

De salientar, também, a participação de: Humberto Santos que se deixou emocionar ao ler o poema que dedicou aos “Poetas Vadios” tendo, no final, distribuído um exemplar a todos os presentes; Nogueira Pardal, que nos trouxe o sabor dos campos do Alentejo; Rosette, a ternura das palavras declamadas; Bernardes-Silva, a magia dos sonetos de amor; Rui Diniz, a irreverência da juventude; Didier Ferreira, a força de vencer; Filomena, a sensualidade na poesia; Henrique Mota, a lembrança dos amigos e familiares.


Houve quem se estreasse nestas andanças da declamação e porque não se apresentou, ficamos sem saber quem o seu nome. Mas porque a poesia a todos aproxima, partilha-se a mesma mesa, conversa-se como se fossemos todos amigos de longa data.



As pequenas pausas entre cada declamação são aproveitadas para escolher o próximo poema a ler. A concentração é total, cada um compenetrado naquilo que pretende ir dizer, procurando as palavras certas para ler com sentimento, emoções à flor da pele.


A ocasião propicia a conversa entre amigos, reencontros após longa data de afastamento. A satisfação vê-se nos rostos, o ambiente convida a entrar. Não havendo lugar ficasse em pé ao balcão ou à porta a ouvir, porque é impossível passar e resistir indiferente.


No final, por iniciativa do autor, foram oferecidos aos presentes uma dezena de exemplares do último livro de Pedro Alves Fernandes, Pintura Astral – As Palavras Onde Me Perco (editado em Novembro de 2006)... porque a poesia é, acima de tudo, um acto de partilha.

E ao terminar, custa ir embora... por isso muitos ficam na rua a conversar, a acertar próximos encontros ou a combinar projectos futuros. Afinal, apenas a retardar o momento da despedida. Mas felizes porque sabem de antemão que um mês passa depressa e no dia 24 de Fevereiro a “Poesia Vadia” continua.
Fotografias: Ermelinda Toscano.

sábado, janeiro 27, 2007

Poesia Vadia: é hoje, às 17h. Não falte!

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Sugestão do dia

Embora António Vitorino nem sempre o queira admitir, ele é mesmo "um rapaz brilhante", sobretudo quando se trata de escrever poesia. E a comprová-lo, mesmo que a sua modéstica (quiçá a timidez dos iluminados) o faça dizer que não é verdade, temos as palavras que através do seu blog partilha connosco. Por isso vos convidamos a visitarem o COISITAS DO VITORINO e a deliciarem-se com os seus escritos, um local onde a ironia abraça cada letra e as sílabas são emoções à flor da pele...


Mas não se fiquem por aí. Aproveitem e vão até ao DEBAIXO DO BULCÃO (dinamizado pelo António Vitorino), o blog da fanzine de poesia com o mesmo nome, um projecto irreverente que tem a ousadia (apesar de todas as dificuldades) de existir há uma década, e onde pode encontrar excelente poesia.

sábado, janeiro 20, 2007

Festival Internacional de Poesia


Com o patrocínio dos POETAS DO MUNDO vai realizar-se o
1.º Festival Internacional de Poesia
em Paris
de 19 a 23 de Setembro de 2007

Tema: a PAZ.

Informações e Inscrições

Poesia das paixões


Hoje merece um destaque especial o blog
do nosso amigo Rogério Simões:
Façam uma visita e leiam as belas palavras que ele partilha com todos nós.
Ficarão sensibilizados.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Poesia Vadia: a 1.ª sessão de 2007





terça-feira, janeiro 16, 2007

Filo-café de Ponferrada

Estão abertas as inscrições para o Filo-Café em Ponferrada.


24 de Fevereiro de 2007

As áreas de inscrição abrangem: Pensamento, Performance, Curta-Metragem (máximo: 4m), Poesia, Música, Pintura, Escultura, Instalação.

As inscrições devem ser enviadas para incomunidade@yahoo.com.ar indicando nome, proveniência e área de inscrição.

Alberto Augusto Miranda: INCOMUNIDADE.

Volte-Face (perfomance)


Performance VOLTE-FACE
(poesia & design de intervenção)
no "TAMBOR Q FALA", Bar dos Tocá Rufar
Entrada: 3 euros
27 JANEIRO 2007 (sábado)
23:00 H

A convite da Associação Barulho, o VOLTE-FACE vai fazer soar alto e bom som, desta vez, no Bar Tambor Q Fala, a reviravolta poética do quotidiano banal!

Performance de palavra + som + imagem + movimento alinhados para o ribombar dos sentidos, sensibilizando furiosamente o sublime.

27 de Janeiro (Sábado), pelas 23:00 H, o verbo da afronta volta a ecoar em pleno VOLTE-FACE.

Podcast: Lucidez

Lucidez
Segredos e Perguntas

No próximo dia 21 de Janeiro, será lançado o podcast "Lucidez", de periodicidade quinzenal, criado e apresentado por Rui Diniz, que será alojado em http://www.lucidez.net.

«Neste espaço irei, contando também com a vossa colaboração, colocar questões fundamentais e promover o debate de assuntos normalmente afastados do grande público. Desejo que se torne um espaço em que se debata, analise e conjecture respostas alternativas a essas perguntas fazendo face às informações insatisfatórias fornecidas pelos meios mais massificados de comunicação.» - Rui Diniz

Temática da primeira edição:
Religião - Origens e Métodos

sábado, janeiro 13, 2007

Poesia que voa


O lançamento do livro de Isidoro Augusto, Os Pássaros e o Azul, foi um êxito. Quem lá esteve veio quase enfeitiçado pelas palavras do autor, magistralmente apresentadas numa obra desprestenciosa mas carregada de emoção.
Cada sílaba está prenhe de sensações (de liberdade, amizade, amor, contemplação do belo à satisfação por poder apreciar a vida, enfim... tantas são elas que nem as conseguimos aqui enumerar) que, quando as pronunciamos, libertam os sonhos do poeta... e num suave bater de asas transportam-nos para outra dimensão... daí a pressa em chegar a casa para, calmamente, ler as palavras do autor, das quais vos deixamos um pequeno exemplo, tão grande no alcance dos sentimentos que retrata:

subo às terras altas da loucura
muro de outras águas
espero no azul da palavra.

Fotografias: de Ermelinda Toscano.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

A não perder!



terça-feira, janeiro 09, 2007

Palavras para quê?

Foi a última sessão de «Poesia Vadia» de 2006 e dispensa mais apresentações. Da escolha dos poemas a declamar, ao chá que aquecia a alma e ao convívio entre amigos, aconteceu de tudo um pouco. E, principalmente, houve muita poesia... acompanhada à guitarra para as palavras faladas não se sentirem sós. Mais um dia de casa cheia, a provar que a poesia aproxima-nos e da partilha nasce a inspiração para continuar em frente. Até à próxima sessão no dia 27 de Janeiro.