BLOG DOS POETAS ALMADENSES

«A poesia é o espelho da cultura de cada país e nela se reflectem os estados de alma, anseios e aspirações... tudo o que diz respeito ao mais íntimo das pessoas, dos povos e da humanidade... que seja dita e cantada, que sirva para conectar para além do espaço das ideologias e dos sistemas, porque A POESIA É, FUNDAMENTALMENTE, UM ESPAÇO DE LIBERDADE.»

quinta-feira, agosto 17, 2006

Antologia de Poetas Almadenses

Decorreram três anos após a 1.ª edição desta antologia. E nesse curto espaço de tempo, os cem primeiros nomes então indicados passaram a duzentos e cinquenta, tantos quantos os que aqui vos apresentamos. E, mesmo assim, muitos terão ficado por citar.

Tal como em 2003, esta selecção baseia-se, apenas, no gosto pessoal da responsável pela sua organização e não obedece a quaisquer critérios de representatividade do autor ou da importância linguística da obra em causa. Trata-se de uma simples obra de referência que pretende ser um mero instrumento indicativo para quem deseje conhecer um pouco da riqueza poética da alma da nossa terra: ALMADA, pois claro.

Embora singela, esta publicação é, ainda, uma pequena homenagem aos muitos poetas de Almada, sejam eles naturais do concelho, seus “filhos adoptivos” ou amigos que por cá vão passando – e perdoem-nos todos quantos ficaram por referir (não por demérito mas por falta de tempo para efectuar uma pesquisa mais apurada) e destina-se a comemorar o Dia Mundial da Poesia (21 de Março).

Interessante teria sido, é bem verdade, poder introduzir alguns dados biográficos sobre os autores aqui identificados. Todavia, sendo essa tarefa relativamente fácil quanto àqueles que já são mais conhecidos, e que têm vasta obra publicada, o certo é que outros há que escrevem sob pseudónimo sendo difícil descobrir a sua identidade (a qual desejam manter no anonimato, o que respeitamos). Assim, optámos por só indicar a indispensável referência bibliográfica e, mesmo essa, sem qualquer menção a datas... porque a poesia é intemporal!

A título de curiosidade refere-se que das duas dezenas e meia de poemas aqui referidos, apenas 57 estão inseridos em monografias poéticas, a maioria edições de autor, claro indicador do fraco investimento que as editoras fazem nesta área da literatura.

De salientar a importância das colectâneas, em particular as organizadas por Carlos da Costa (Versos Que Alguns Escreveram e “Verdadeiramente” Eu e os Meus Amigos), que ao reunirem vários autores numa só publicação funcionam como um excelente veículo de divulgação, servindo, também, como incentivo à criatividade.

A terminar, não podemos deixar de referir o papel primordial das fanzines, publicações alternativas que têm vindo a funcionar como um instrumento fundamental na descoberta de novos valores, como sejam os cadernos Uma Dúzia de Páginas de Poesia, da Colecção Index Poesis (nascida no C@fé com Letr@s, em Cacilhas) e o periódico Debaixo do Bulcão – Poezine.