BLOG DOS POETAS ALMADENSES

«A poesia é o espelho da cultura de cada país e nela se reflectem os estados de alma, anseios e aspirações... tudo o que diz respeito ao mais íntimo das pessoas, dos povos e da humanidade... que seja dita e cantada, que sirva para conectar para além do espaço das ideologias e dos sistemas, porque A POESIA É, FUNDAMENTALMENTE, UM ESPAÇO DE LIBERDADE.»

domingo, fevereiro 25, 2007

Jantar convívio


Aconteceu na passada sexta-feira (dia 23 de Fevereiro). Os Poetas Almadenses juntaram-se no Café «Sabor & Art», à hora do jantar, e foi... uma festa.
A casa esteve cheia (32 lugares sentados - lotação esgotada)... fosse o espaço mais amplo, teriam aparecido muitos mais.


Por detrás do balcão temos a família que nos recebeu de forma soberba: pela simpatia e pela qualidade dos petiscos que nos ofereceram. Por isso, aqui fica o nosso muito obrigada a todos, e sem querer destacar ninguém, um elogio muito especial para a cozinheira que fez umas "lulas recheadas" e umas farófias de comer e chorar por mais...
Nem a propósito, tivemos direito a acompanhamento musical inesperado... depois de tocar algumas modas, beber um copito de vinho branco (oferta da casa), o imigrante romeno lá acabou por levar uns bons trocos para casa.
Findo o repasto, Henrique Mota anunciou o início da tertúlia poética... e logo os autores presentes se afadigaram a escolher o poema a ser lido.


António Boeiro foi o primeiro e a todos encantou com a forma emotiva como declamou alguns trabalhos seus. De seguida, coube a vez a Bernardes-Silva que leu um seu original intitulado «Carta Aberta à "Velha Guarda" Política».


Depois, tomou a palavra Fernando Barão, um dos mais conceituados escritores da nossa terra (Almada, pois então) para nos contar, no seu jeito tão característico, uma pequena anedota. Terminou a sua intervenção fazendo uma pequena homenagem a José Afonso (o nosso poeta da liberdade e da utopia), falecido há precisamente 20 anos (23 de Fevereiro de 1987).
Entretanto, apesar de ainda estra a recuperar de umas fortes anginas, Gertrudes Novais não podia deixar de declamar um poema com toda a garra que lhe é conhecida.

Nogueira Pardal e Paulo Moreira foram os poetas que se seguiram, merecendo um grande aplauso dos presentes.


Tal como aconteceu após Rui Diniz ler alguns poemas seus. Assim como a Victor Reis, que criou um belo soneto acerca deste momento: o «Sabores e Arte».


No final, a satisfação dos presentes era evidente e nem a conta os fizeram perder o sorriso: 12 euros / pessoa foi um preço que todos consideraram muito bom para um jantar destes (incluindo entradas - queijo, pão, manteiga, paté, salada de feijão frade com atum; bebidas à descrição - água, vinho branco / tinto, ou sumo; o prato - lulas recheadas com puré ou arroz e salada mista; sobremesa à escolha - farófias, arroz doce, mouse de manga, baba de camelo, fruta, etc. e, finalmente, o café... os digestivos eram à parte).


Na despedida, uma certeza ficou... esta é uma experiência a repetir! E já há quem esteja a pensar na ementa... a do estômago e a da alma.