domingo, abril 29, 2007
domingo, abril 15, 2007
Terceira geração

Ninguém a convida, ninguém lhe diz nada
A rapariga que outrora a visitava
Foi-se no oceano imenso
Já não se recorda da família
Os filhos Não se recordam o nome dela
Como se chama, onde vive
Como se nomeai o seu planeta
Ela espera a morte que a ignora
Viveu dias felizes na sua juventude
Para tanto chorar na sua velhice
Risos e choros de alta magnitude
Que tempo perdido que desperdice
Noitada que durava até a aurora
Muitas vezes levanta os olhos ao céu
Que com pudor puxa um véu
Sonha que enfim, lhe cresçam asas
Afim de voar na direcção as suas lembranças
Que a muito existem sem esperanças
Para que na sua vida sejam feita as pazes
Portanto nunca se queixa das suas sorte
Simplesmente espera a morte.
Poet-of-illusion
quarta-feira, abril 11, 2007
Prémio de Poesia e Ficção de Almada - 2006

Dez anos depois de ter sido agraciado com o mesmo galardão, em 1996, Isidoro volta a conquistá-lo...
Depois da cerimónia da entrega, haverá um espectáculo de poesia.
Depois da cerimónia da entrega, haverá um espectáculo de poesia.
Não faltem.
domingo, abril 01, 2007
O Poeta Pobre

Um cliente, também ele brasileiro, levava consigo o livro cuja imagem mostramos e pediu ao prof. Alexandre Castanheira que lê-se um poema deste seu conterrâneo que muito admirava. E, assim, Írio Rodrigues transformou-se em mais um pilar da "ponte poética" que estamos construíndo para atravessar o oceano Atlântico e unir Portugal ao Brasil...
Deixamo-vos aqui o "cartão de visita" que Írio escreveu nesta sua colectânea:
«Almejo que o conteúdo de minha obra aqui repassada, exprima sobremaneira a vastidão dos meus sentimentos, retrate a sensibilidade emotiva de minh'alma.
Na vazão cantante de uma rima, eu possa através de minha expressão simples e popular, tocar fundo as profundezas do vosso ego, enlevando vosso ser, a sublimes momentos de êxtase e encantamento.
Aqui está gravada a canção emotiva deste canarinho cantor. Seus melancólicos acordes, você os ouvirá, com desvelada ternura na quietude da sua solidão. Vasculhará fundo o ninho onde habita a sua alma enternecida e altissonante que em meio a tantas tristezas e solidão, ainda entoa um hino de amor.»
E, como não podia deixar de ser, um poema (que foi uma difícil escolha, podem crer):
POBRE RIQUEZA
Negros e brancos
Ricos e pobres.
Ninguém é nobre
Somos iguais
Ante o túmulo
Não há reinado
Reis e rainhas
São igualados
Aos desgraçados
Ninguém é mais.
Aristocratas!
Barões, nobreza
Pobre riqueza
É tudo vão
São consumidos
E esquecidos
Monte de ossos
É o que são.
Veja a versão completa AQUI.